Realizou-se esta quinta-feira, no Auditório da nossa escola, uma ação de sensibilização subordinada ao tema “Os Recursos Hídricos da RAM”, cujo preletor convidado foi o Eng.º Paulo Jervis, da Investimentos e Gestão da Água, SA. Numa sala a “rebentar pelas costuras”, conforme bem documentam as imagens, o orador começou por traçar uma retrospetiva histórica dos recursos hídricos na Região, referindo quais as principais fontes de água potável que abastecem a Madeira, realçando, nesse particular, a importância da nossa floresta. O orador abordou depois os cuidados que todos devemos ter com este recurso frágil e vital, quer em contexto escolar quer doméstico, desmistificando a ideia de que a água potável é um recurso inesgotável na Madeira, dando como exemplo as dificuldades de abastecimento verificadas no verão de 2010, decorrentes dos incêndios florestais que fustigaram a ilha no mês de agosto daquele ano. Nesse sentido, alertou para a responsabilidade individual de todos e cada um de nós na gestão racional e sustentável da água, interagindo com a plateia acerca de pequenos gestos do quotidiano que podem fazer (e fazem) a diferença neste particular.
Também no mesmo dia, e na sequência da ação
anterior, foram realizadas análises a alguns parâmetros físico-químicos e
bacteriológicos da água da escola, recolhida in situ, atividade que só foi possível concretizar devido à
presença do Dr. Cristiano Sousa, técnico do laboratório
Regional de Controlo da Qualidade da Água (LQA). Assim, alunos, professores e
demais elementos da comunidade escolar presentes ficaram a saber, após
realização dos referidos testes, que a água da escola apresenta excelente
qualidade para consumo, sendo a presença de cloro – um dos fatores mais
dissuasores das pessoas ao consumo potável de água da rede – de apenas 0,35 ppm, muito abaixo do valor mínimo
de referência para ser considerada uma água
“aceitável”, que é de 1 ppm daquele elemento químico. Deste modo, aquele
técnico do LQA recomendou vivamente o consumo de água potável da escola e da
rede de abastecimento público em geral em detrimento das águas engarrafadas,
muitas das quais armazenadas em locais sem quaisquer condições, sujeitas à
exposição solar e a temperaturas relativamente elevadas. Lembrou quer sendo o
plástico das garrafas PET um polímero poroso, a sua degradação em condições
como as referidas anteriormente acabará inevitavelmente por contaminar a água engarrafada,
finalizando com um conselho: ao abrir uma garrafa de água devemos cheirar sempre o seu
interior antes de ingerir a água já que, lembrou, a água potável tem de se
apresentar sempre inodora.
Consulte os artigos publicados acerca desta atividade no Diário de Notícias da Madeira e no Jornal da Madeira.
Consulte os artigos publicados acerca desta atividade no Diário de Notícias da Madeira e no Jornal da Madeira.
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