A lavandeira, ave cujos espécimes são muitas vezes avistados junto aos laboratórios de Ciências Naturais e de Físico-química da nossa escola, no 5.º piso, e que já lhe valeu inclusive o batismo de “Sebastião” por parte de alguns alunos, é a maior das alvéolas e aquela que está mais associada à água. Frequenta uma grande variedade de ambientes aquáticos, em especial cursos de água rápidos como as nossas ribeiras, mas também as proximidades de quedas-d’água, levadas, açudes, lagoas, albufeiras e até mesmo a beira-mar.
Apresenta a parte superior do corpo
cinzenta, com listra superciliar branca; asas pretas; uropígio
amarelo-esverdeado e cauda preta comprida com margens brancas. Parte inferior
branca, com coberturas infracaudais amarelas e uma quantidade variável de
amarelo no peito. No Verão, o macho apresenta um bibe preto proeminente.
Caminha no solo abanando a cauda para cima e para baixo. Não possui um
comportamento gregário, sendo que a quase totalidade das observações referem-se
a indivíduos isolados ou aos pares.
Caraterísticas
gerais: aspeto alvéola, comprimento entre 18 a 20 cm, vive em
habitats de águas doces interiores. Como caraterísticas particulares do seu
comportamento destacam-se o facto de caminhar, pousar em campo aberto, levantar
voo e pousar tanto na vegetação como no solo. Realiza voos ondulantes e a sua
vocalização assemelha-se a um tzitzi metálico.
Alimenta-se de invertebrados e de sementes.
Reprodução: a
lavandeira realiza uma postura anual, ocasionalmente duas, na primavera. O seu ninho
tem a forma de taça aprumada, construído em fendas rochosas nas proximidades da
água. Os ovos medem entre 4 a 6 cm, de cor castanho-claro, com manchas
acinzentadas. A incubação tem a duração de 11 a 14 dias, e é realizada principalmente
pelas fêmeas. As crias são indefesas e penugentas.
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