Terminou na sexta-feira a semana
Eco-Escolas, promovida pela EB 23 Cónego João J.G. Andrade, este ano letivo. A
abrir esta semana dedicada à Ecologia, decorreu na segunda-feira, na parte da
manhã, a conferência “Alterações climáticas na RAM”, ministrada por Hélder
Spínola, docente e investigador do Centro de Investigação em Educação da
Universidade da Madeira.
Nesse mesmo dia, mas no turno da tarde,
teve lugar outra atividade, desta vez centrada no tema “Floresta e boas
práticas”, uma ação de sensibilização para os cuidados a ter com e na floresta,
ministrada por Sónia Carvalho, técnica superior da Direção Regional de
Florestas e Conservação da Natureza.
Na terça-feira o programa incluiu uma saída
de campo à Fajã dos Padres, onde um grupo de vinte alunos e três professores
tiveram oportunidade de visitar as diversas culturas ali existentes, fruto das
peculiares condições climatéricas que caraterizam aquela parcela de terreno da
freguesia. A particularidade de toda a produção ali realizada ser de origem
biológica, constituiu o principal motivo que levou alunos e professores da EB
23 do Campanário àquele espaço, na medida em que a principal finalidade desta
ação foi a colaboração ao combate biológico ao gorgulho da bananeira,
designadamente na recolha dos insetos encontrados nas armadilhas previamente
dispostas nos bananais ali cultivados. Enquanto alguns alunos recolhiam a praga
das bananeiras, outros colaboravam de igual modo na limpeza de alguns detritos
orgânicos – nomeadamente madeiras e ramagens – transportados pela ondulação
marítima até à praia daquela fajã durante o inverno.
Quarta-feira, dada a realização dos exames
nacionais de Matemática de 2.º e 3.º ciclos, foi dia de “pausa ecológica”,
visto que a realização daquelas provas envolveu a quase totalidade dos
professores da escola. Já na quinta-feira, as atividades da semana Eco-Escolas
foram retomadas com a ação de sensibilização subordinada ao tema “Os Recursos
Hídricos da RAM”, cujo preletor convidado foi Paulo Jervis, da Investimentos e
Gestão da Água, SA. Seguiu-se depois a realização de análises a alguns
parâmetros físico-químicos e bacteriológicos da água da escola, recolhida in
situ, atividade que contou com a colaboração do Laboratório Regional de
Controlo da Qualidade da Água (LQA), através de Cristiano Sousa, técnico
daquele laboratório.
Na sexta-feira, último dia da semana
Eco-Escolas, realizou-se pela manhã uma Gincana Eco-Jogos, dando-se depois o
encerramento desta semana dedicada à Ecologia com o hastear da Bandeira Verde,
galardão que premeia as escolas que se distinguem pelas boas práticas
ambientais desenvolvidas. No cerimonial do hastear da Bandeira Verde estiveram
presentes o Diretor Regional do Ambiente, o vereador da Câmara Municipal da
Ribeira Brava com o pelouro do Ambiente e o Presidente da Associação de
Encarregados de Educação das escolas do Campanário, para além das centenas de
alunos, professores e encarregados de educação que marcaram presença nesta
cerimónia simbólica mas com muito significado, nomeadamente a responsabilidade acrescida
de no ano seguinte se fazer mais e melhor.
A opção pela realização da cerimónia de
hastear da Bandeira Verde no último dia de aulas deveu-se tão-somente ao facto
de se considerar esta cerimónia uma oportunidade para a descontração e convívio
no último dia do ano letivo, fechando com “chave de ouro” a semana Eco-Escolas,
naquele que foi para todos os elementos da comunidade desta escola mais um dia
de trabalho como tantos outros, visto que a escola optou este ano pela não
realização de festividades de encerramento do ano letivo que implicassem
dispensa da atividade letiva dos alunos.