sexta-feira, 24 de setembro de 2010

PRÉMIO DO CONCURSO PILHAS DE LIVROS "FOGE" (MAIS UMA VEZ) PARA A CALHETA

Tal como julgamos ser do conhecimento geral, a nossa Escola não faz parte do leque dos oito estabelecimentos de ensino da Região (um por cada Hipermercado Modelo) premiados no âmbito do concurso Pilhas de Livros, iniciativa promovida pela cadeia de Hipermercados Modelo e Continente.
Os vencedores foram anunciados no início deste mês no site daquela cadeia de Hipermercados, verificando-se então que, no que concerne ao Modelo da Ribeira Brava, ao qual nos apresentámos a concurso com as escolas da área de influência do mesmo (concelhos da Ribeira Brava, São Vicente, Ponta do Sol e Calheta) o vencedor foi a EB do 1.º Ciclo com Jardim de Infância da Ladeira e Lamaceiros. Parabéns aos vencedores e em particular à escola do Arco da Calheta que, segundo dita o regulamento deste concurso, deve ter "recolhido mais pilhas usadas, proporcionalmente ao seu número de alunos" do que nós. Dizemos deve porque na verdade os números, por qualquer razão que desconhecemos e não conseguimos apurar, nunca foram divulgados, mais parecendo um autêntico "segredo de Estado".
Como se já não bastasse o facto do regulamento deste concurso favorecer as escolas ditas pequenas – podem conseguir com um ou dois pilhões um rácio que nós só alcançaremos se atestarmos vinte ou trinta, além de que a mesma quantidade de livros para cinquenta alunos não será bem o mesmo do que para quinhentos – esta escola, tal qual outras duas madeirenses que também venceram este ano, repetem a vitória do ano passado (conforme pode ser confirmado aqui e aqui) uma das quais vai já na terceira "vitória" – o que significa que muito provavelmente 3000 € em livros estão a "mofar" por falta de uso numas prateleiras algures, dada a (pequena) dimensão da escola em causa.
Pode até parecer desculpa de mau perdedor mas, acreditem ou não, não é disso que se trata, até porque o mais importante nós fizemos e continuaremos a fazer: retirámos das "fazendas", das ruas ou do lixo quase 50.000 pilhas e esse mérito ninguém nos pode tirar, independentemente de o reconhecerem ou não. O que custa é ter de explicar aos nossos alunos que injustiças destas acontecem e que hão-de continuar a acontecer, muito à custa de um regulamento obsoleto que a organização insiste em manter - quer se queira quer não, os prémios constituem sempre uma motivação extra. Pior ainda é não sabermos se perdemos "por muitos" ou "por poucos".
Independentemente destes pequenos "percalços", certo é que vamos continuar o nosso percurso e a promover a recolha selectiva de pilhas – apenas um dos diversos tipos de resíduos que recolhemos. O que já não podemos assegurar, visto que tal obrigará necessariamente a uma ponderada reflexão, é que as "ofereçamos" ao Modelo, pelo menos enquanto este regulamento vigorar.


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